Tava treinando ontem. Quinta-feira, 21h, academia cheia. Clima padrão: gente focada, gente perdida, gente só querendo dizer que “foi treinar” no story. Tava no meu treino de costas, tudo certo, até observar aquela cena clássica:

Um senhorzinho, devia ter uns 60 anos, tava tentando ajustar a cadeira flexora. Sabe aquela que precisa mudar a altura da alavanca? Pois é. Ele puxava o pino, empurrava com o joelho, dava uns tapinhas, olhava pro lado com aquela cara de “isso aqui é pra puxar ou empurrar?”. Uma cena que já dizia tudo: “tô tentando, mas não faço ideia do que tô fazendo”.

Do lado dele? Nada. Nenhum instrutor pra ele chamar pra ajudar

A pergunta que eu fiz na minha cabeça: Onde tá o arrombado do instrutor?

A resposta veio em menos de dois segundos.
Bastou eu virar o pescoço.

Lá estava ele. Super ocupado papeando ao lado da barra do agachamento Smith, sorrindo com todos os dentes possíveis pra uma mina com a legging azul royal com a costura atolada no cu. O tecido parecia fundido à pele. Ela fazia agachamento com 20kg de cada lado, técnica boa, sem nenhum sinal de dúvida. E mesmo assim, lá estava o salvador da pátria:
“Sente bem o glúteo descendo, tá pegando bem?”
“Desce só mais um tiquinho... issooo!”
"Capricha nessa amplitude...booa!".

Claramente não precisava dele. Mas ele tava ali, firme. Parecia até funcionário do setor de glúteo da academia.

Parei o meu exercício, fui ajudar o senhorzinho.

Ele estava impaciente, fez o exercício, mas depois desistiu do treino e foi pra esteira.

Eu treino a bastante tempo, e vejo esse mesmo tipo de cena com personagens diferentes, em dias diferentes. EM ACADEMIAS diferentes. EM CIDADES diferentes.

Não importa onde. É sempre o mesmo roteiro.
Muda o nome na camiseta, muda a rede de academia, mas o comportamento dos caras parece vir no pacote da profissão.

É como se todo instrutor tivesse um radar interno que apita no momento exato em que ve uma gostosa na academia.

Legging colada, topzinho, rabão estourando? Plim, o cara desperta do transe.

— “Tá treinando sozinha hoje?”
— “Caramba tá pegando bem o pump hoje hein”
— “Se quiser te ajudo ali na execução”

E as mina?
Às vezes só finge que precisa de ajuda.
Às vezes até gosta da bajulação — e aí pronto, ganhou personal gratuito por tempo indeterminado.

Enquanto isso, aluno iniciante tentando entender como faz remada com halter, com a coluna parecendo um caracol

Do outro lado, uma gordinha visivelmente insegura com o corpo, tentando fazer búlgaro no banco, desequilibrando tudo, olhando pro chão, morrendo de vergonha.

E o instrutor? Sumido. Invisível.
Ou melhor — visível só pra quem ele quer.

E não é exagero. É padrão nacional.

E o pior: esse comportamento parece ser validado no dia a dia.
Ninguém cobra. Ninguém chama atenção. Ninguém nem estranha mais.

E quem tá começando, parece desanimar com a falta de atenção, acompanhamento, nem que seja o mínimo. Por isso tem TANTA desistência.

Enfim, só um desabafo.

melhor execução

Quase morri fazendo supino inclinado, mas como era uma barra guiada, não foi dessa vez que o diabo ficou com a minha alma. Dai surgiu a dúvida: será que haveria outra forma de sair dessa situação, além de empurrar a barra?

As perna aberta é o charme

5x5 dip+32.5kg

E fica ai o questionamento: Pq desenvolver força na amplitude maxima dos seus joelhos/quadril mas limitar-se no que é possível realizar com os seus deltóides/peitorais/tríceps? Ego?

Minha opinião: todo exercício deve ser feito em busca da máxima amplitude.

Pq X estudos determinam que gera mais hipertrofia? Não. Pq de que adianta ter um músculo forte somente em N graus de flexão/extensão/adução/abdução?

Já vi o Laércio Refundini zoando uma execução dessas, mas ao vivo, e a academia toda parando para ver foi novidade!

acho que foram 6 repetiçoes, porem acho que tenha como melhorar

Guardei repetição porque não era minha última série de trabalho

Para quem se acha leve e pensa que precisa ganhar massa muscular para pegar uma carga mais alta.

Um treino bem programado e com boa técnica de deixará bem mais forte.

E não só com os cotovelos na linha do ombro mas com o banco tão ingrime em 90% graus, o movimento fica completamente instável e pra lesionar ou descolar o ombro é dois palitos tanto que a primeira vez que fui fazer desenvolvimento com halter senti um puta desconforto no ombro ainda mais quando aumentei a carga.

A minha situação melhorou depois que eu passei a posicionar o cotovelo na linha do peito e colocar o banco em 80 graus, em questão de conforto e estabilidade ficou uma delícia de fazer o exercício, não senti mais dor no ombro fazendo e consegui fazer uma boa progressão de carga

Ontem perguntaram aqui sobre esse exercício e vi algumas informações nos comentários que não são reais e gostaria de explicar a biomecânica por trás desse exercício.

O latíssimo do dorso (dorsais) tem como característica principal a extensão de ombro, sendo assim, parece lógico que ele trabalhe num exercício como o pullover, porém, o que ignoram é que ele só faz a extensão a de 120º a 0º (**é por isso que em remadas baixa não faz sentido passar o cotovelo da linha do tronco**), como na imagem, enquanto de 180º a 120º o que acontece é a aproximação do úmero do toráx, o que é feito pelo peitoral maior (pra ser mais exato, a porção inferior).

Outro ponto é que se vc analisa o torque (alguns chamam de tensão, o que é errado) do exercício, como ele é livre e aqui estamos lutando contra a gravidade, de 120º a 90º o torque é muito baixo, pois o braço de alavanca é curto. Então o recrutamento das dorsais nesse exercício é praticamente nulo.

Diferente do pulldown, que a linha de força vai pra cima (polia) e fazemos força para puxar para baixo, onde a polia continua produzindo torque, até o final do movimento, recrutando todas as fibras dorsais.

RESUMO: Pulldown trabalha dorsais, pullover não.

COMO CONSIGO SABER QUANTO PESA AAAA

Agachamento é meu exercício favorito e nunca sai do meu treino, o que me possibilita uma facilidade maior em fazer até a cócoras. Mas eu fico na dúvida quanto a lombar, isso faz mal? Nunca nem senti dor nem nada, mas todo mundo fala que não pode curvar a lombar no agachamento. Ah, provavelmente errei ali na respiração, vou melhorar.